Posted by : Executive Consultoria Jr segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Tirar ideias do papel ainda é um desafio no Brasil, mas o cenário nunca foi tão promissor para as PME’s; distância entre academia e mercado, porém, ainda é um obstáculo.

O Brasil ainda não pode ser considerado um terreno fértil para inovação, encontrando-se distante da realidade dos países desenvolvidos e até de um grupo de emergentes, como a China. Contudo, nunca foi tão favorável como agora a conjunção de fatores para empreendedores que querem desenvolver produtos e serviços. Eis alguns: aumento da demanda por soluções inovadoras, acesso mais barato a novas tecnologias e recursos em maior volume.

Avanços – O próprio desenvolvimento econômico abre espaço a quem planejar inovar. “À medida que o país ganha relevância mundial e o consumo interno cresce, é preciso desenvolver novas soluções para diferentes áreas da economia”, diz Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As oportunidades para pequenos e médios empresários venderem suas soluções estão, sobretudo, nos setores de agronegócio, saúde humana e animal, logística, petróleo e gás e finanças (softwares que ajudem a aprimorar as análises de risco de operações de crédito).
O interesse de grandes empresas por serviços inéditos é tamanho que a americana PepsiCo, por exemplo, acabou de lançar um programa para propesctar projetos entre empreendedores no país. “Pequenas empresas têm mais dinamismo para criar coisas novas e são fundamentais para que possamos enfrentar um mercado em constante transformação”, diz Camila Maranezzi, gerente de mídia e relações com consumidores da PepsiCo.
Há também mais dinheiro disponível. No plano Brasil Maior, o governo reforçou suas promessas de apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), anunciando crédito para compra de máquinas e equipamentos. Há também novas linhas para PME’s com foco em inovação com juros subsidiados e prazo de pagamento estendido. A essas ações somam-se as linhas de crédito e fundos que já operavam no país com dinheiro público e também o aumento das operações de fundos de capital de risco com foco em negócios emergentes.

Chamados fundos de capital ‘semente’, ou seed, do original, em inglês, esses fundos aportam recursos na empresa durante seu estágio inicial em troca de uma participação acionária – e ajudam a sustentar as pesquisas enquanto o produto não chega ao mercado. “Muitas vezes, apostamos apenas na ideia do empreendedor”, afirma Robert Binder, da Antera, gestora especializada em operações de capital semente. “Até o início da década, praticamente não havia fundos com esse perfil no Brasil, somente operações de private equity, que tem como foco empresas maiores”, explica Binder, que é também coordenador do comitê de empreendedorismo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).
Do ponto de vista legal, também houve avanço na última década, principalmente com a sanção da Lei de Inovação Tecnológica (nº 10 973/2004) e da Lei do Bem (nº 11 196/2005). Contudo, os especialistas alertam para o fato de a maior parte dos benefícios não ser eficiente para os empresários de pequeno porte – caso da possibilidade de renúncia fiscal prevista na Lei do Bem para quem investe em pesquisa e desenvolvimento. “Os negócios emergentes, em sua maioria, são adeptos do Simples e não conseguem aproveitar outros tipos de benefícios fiscais”, explica Santos, do Sebrae.

Texto adaptado da revista veja

 

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