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- O jovem empreendedor de hoje
Posted by : Executive Consultoria Jr
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Conhecido por sua criatividade e determinação, o jovem empreendedor
brasileiro é atento à evolução dos negócios como chave para se destacar
no mercado competitivo. Esta preocupação engloba todas as camadas da
sociedade, tanto aquelas guiadas pela necessidade, quanto as que se
agarram às oportunidades, e é essa veia empreendedora que está cada vez
mais em evidência no mundo dos negócios.
Em 2008, pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostrou que estamos na 13ª posição do ranking mundial de empreendedorismo,
com uma média de 12 a cada 100 brasileiros realizando alguma atividade
empreendedora. Dado ainda mais motivador é que, de acordo com o mesmo
levantamento, os empreendedores que buscaram a chamada oportunidade
genuína, ou seja, iniciar uma atividade para obter maior independência,
passaram de 38,5% em 2007 para 45,8% no ano passado.
Os
números mostram que estamos no caminho para alcançar o objetivo de
fomentar o empreendedorismo e, consequentemente, trabalhar para o
crescimento do Brasil. Dentro do grupo das principais economias
mundiais, o G-20, o Brasil (12,02%) é o terceiro mais empreendedor,
atrás apenas da Argentina (16,54%) e do México (13,09%). Porém, dizer
que somos muito empreendedores, não quer dizer que somos altamente
inovadores. A participação brasileira no lançamento de produtos novos
com tecnologia desconhecidas até então, infelizmente, é muito pequena.
Somente
3,4% dos empreendedores lançam produtos novos, com diferencial
tecnológico nacional. O que é um desperdício, tendo em vista a
criatividade do povo brasileiro. É hora de mudar esse conceito. Para
fazê-lo, é imprescindível termos uma política de desenvolvimento baseada
em conceitos de gestão adequados, e com a observância de princípios
fundamentais para o empreendedorismo.
Estamos perdendo
tempo para investir nessa área. Os jovens que ingressam nesse grupo
precisam de ferramentas, treinamentos, cursos de extensão. Além de
formação acadêmica, que ao invés de preparar executivos para trabalhar
em empresas, forme o líder que iniciará seu próprio negócio.
Todo
esse processo ajudará o jovem empreendedor a não temer abrir uma
empresa diferenciada, mesmo no complexo ambiente de negócios no Brasil -
que engloba obrigações fiscais; juros altos, impostos elevados e taxas
que dificultam o acesso ao crédito. Com informação, ele vai buscar o
pioneirismo e acreditar que essa pode ser sua chance de ter sucesso no
mercado.
Entidades industriais e o setor privado, em todo
o país, já identificaram essa necessidade e, cada vez mais, agrupam os
jovens com esse perfil para garantir uma identidade a essa classe.
Exemplos desse trabalho são: o Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da
Fiesp, do qual faço parte, e a Ação Jovem do Mercado Financeiro
(BMF&Bovespa) em São Paulo, a Confederação Nacional de Jovens
Empresários (Conaje), em Brasília; o Instituto de Estudos Empresariais
(IEE), no Rio Grande do Sul; entre outros.
Em síntese, ser
hoje um jovem empreendedor no Brasil é ultrapassar os desafios e a
burocracia de um país que ainda não o vê como patrimônio, mas que será
obrigado a descobrir a riqueza que tem em mãos.
* Sylvio Gomide, diretor do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp,citado em PEGN
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