Produção
A produção dos jogos tem três fases: roteiro, layout das páginas e a parte técnica.
A programação é o que fica atrás da tela, a lógica do jogo. O programador fica um pouco mais escondido no projeto e escreve um texto gigante com milhares de linhas de códigos, mas que vai dar movimento dos jogadores.
A empresa de Chamis faz 20 jogos por ano e os preços vão de R$ 15 mil a R$ 1,5 milhão. No último ano, eles faturaram R$ 2 milhões.
“As nossas expectativas para o mercado de games são as melhores possíveis. É um mercado muito grande e a gente está muito feliz por ser uma empresa que representa esse mercado e que está conseguindo uma boa visibilidade e fazer bons projetos com grandes marcas”, diz Fernando.
Games em escala
Guilherme Tsubota também começou em casa e com pouco dinheiro. Investiu R$ 10 mil em dois computadores, dois celulares e licenças de softwares e começou a fazer jogos para videogames, computadores e smart phones.
“Começamos a trabalhar jogos simples, pequenos, coisa rápida de fazer e aos poucos fomos evoluindo”, diz o empresário Guilherme Tsubota. Em 2010, ele alugou um escritório e hoje tem oito funcionários e fatura vendendo jogos pela internet.
Cada game tem um custo para a empresa de até R$ 300 mil, entre licenças de softwares e mão de obra. Já o usuário paga no máximo R$ 1 por jogo, o que torna preciso vender muito para ter lucro. Um dos jogos da empresa, que se baseia em um cachorrinho fazendo compra em uma loja, já tem mais de dois milhões de usuários.
Para fazer um jogo interessante, Tsubota diz que se deve trabalhar com um publico alvo, um nicho de mercado. O nicho dos animais, por exemplo, ele diz que que está em constante crescimento.
Outra ação essencial é fazer uma boa divulgação dos games. Guilherme investe, em média, R$ 15 mil por jogo em anúncios na internet e também atrai clientes com amostras grátis e depois vende adicionais dos jogos.
A empresa de Guilherme já desenvolveu 40 games, com mais de oito milhões de usuários. Com isso, ele não tem dúvidas de que este é um mercado que vai disparar nos próximos anos.
“Mundialmente, o mercado de games é bilionário, ele é maior do que o mercado do cinema. No entretenimento, é o principal”, diz Guilherme. Segundo ele, o brasileiro está aprendendo a consumir games e se divertindo cada vez mais, o que traz oportunidades de crescimento.
O consultor Nilson Hashizumi confirma que a procura por games é cada vez maior. Por um lado, o país tem hoje vinte e um milhões de smart phones, um mercado potencial para os jogos. Por outro, “as empresas estão buscando melhorar a experiência e o relacionamento com os seus clientes e por conta disso têm desenvolvido games a fim de fazer com que os consumidores possam cada vez mais se apropriar de suas respectivas marcas”.
Fonte: PEGN c/ G1