Posted by : Executive Consultoria Jr segunda-feira, 22 de julho de 2013




Muitos pensam que nos tempos modernos a palavra “autoridade” não casa mais com a palavra “gerente”. Que os gerentes precisam fazer seu trabalho sem recorrer a “autoridade”. Porém uma percepção mais detalhada do fenômeno da gerencia, demonstra que isso precisa ser melhor compreendido para que tanto gerentes como subordinados possam fazer bem seu trabalho.

Primeiramente vamos definir “gerente”.
Minha pesquisa de campo diária no trabalho de consultoria me deixa perplexo com o fato de que ninguém tem uma definição clara para o que seja um gerente, embora todos tenham uma percepção intuitiva da função.

“Gerente” segundo a definição de nossa metodologia significa “alguém que é investido da tarefa de realizar um trabalho, e pode delegar parte desse trabalho a outros, mas mantém a responsabilidade pelos resultados”.

Isso significa que quando dou um trabalho a ser feito ao gerente e esse trabalho eventualmente não é feito, eu, como chefe do gerente (gerente do gerente), vou cobrar isso dele e não de seus subordinados (claro, desde que os recursos e o tempo para a execução sejam adequados, claro).

Mas, para que o gerente possa se manter responsável pelos resultados, há que ter certas condições presentes, do contrário, quando eu vier a cobrar-lhe algo, me dirá “mas com essas condições que o Sr. me impôs, não conseguirei nunca ser responsável, pois não posso fazer da forma que acho correta.”

Vejamos algumas situações:

  1. Eu obrigo o gerente a aceitar um subordinado que ele acredita não ser adequado.

Conseqüência: Quando eu for cobrar os resultados, o gerente me dirá “Bem, eu até poderia lhe dar os resultados, mas com esse subordinado aí que o Sr. me presenteou, e com o qual fui contra desde o princípio, não consigo.”

Conclusão: Uma das autoridades mínimas que um gerente deve ter, é a autoridade de vetar a indicação de um subordinado seu, o qual julgue inadequado (bom uma boa razão, claro!). Pois uma vez que o gerente aceite um subordinado, fica responsável pelo trabalho deste.

  1. Eu, como gerente do gerente, dou ordens diretas ao subordinado de meu gerente subordinado, ultrapassando-o.
Conseqüência: Quando for cobrar resultados de meu gerente subordinado ele poderá me dizer “Bem, eu preciso dos meus subordinados para obter os resultados desejados. O sr. deu ordens a eles, ultrapassando as prioridades que eu tinha em mente. Eles entretanto estavam ocupados devido às ordens que o Sr.lhes deu...

Conclusão: Uma das autoridades mínimas do gerente é ter o poder de atribuir tarefas a seus subordinados. Ninguém mais deve ter esse poder, embora o gerente possa transferir tal autoridade a outros, por exemplo, quando um subordinado é “emprestado” num projeto fora de seu setor. Outra situação especial são as autoridades laterais entre funções, como por exemplo, alguém recebe a autoridade de solicitar a outro companheiro de serviço o conserto de uma máquina ou uma informação sobre o cadastro de um cliente, ou ainda um técnico em segurança recebe a autoridade de parar uma máquina caso julgue que há risco para a saúde dos empregados.

Como podemos ver, há certas práticas que causam a “des-responsabilização” de um gerente, e ao faze-lo removem dele a essência de seu cargo de gerente – o fato de se manter responsável pelos resultados de seus subordinados.

Assim, existem regras básicas a serem seguidas se queremos que a estrutura organizacional mantenha os gerentes como “gerentes” de fato e não apenas de “fachada”.

Essas regras foram desenvolvidas através de cuidadosa pesquisa em 12 países diferentes, ao longo de 55 anos, pelo pesquisador e consultor canadense E.Jaques ( 18-1-1917 a 8-3-2003) e foram exaustivamente testadas em organizações de grande porte, compreendendo um sistema completo de gestão responsabilizada.

Fonte: refinne.com.br

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